São Francisco: a poesia de um rio que esvai em silêncio

Ele nasce quietinho entre duas montanhas num ‘lá’ bem distante nos rincões mineiros – aquele que você fecha os olhos e deixa a brisa soprar em seus ouvidos bem de-va-ga-ri-nho – e, com seu jeito manso de um silêncio profundo, vai se formando gota a gota, até que toma corpo, ganha vida e se enche de arrebatamento. Leva consigo histórias nutridas por suas lendas, seus mitos, suas vozes e ritos. Falar de um rio é falar de mim, de você, de nós todos. É falar daquela essência sui generis que acompanha o embrião da vida e estar um pouco mais próximo de Deus.

Na palestra realizada pela professora Maria Generosa Ferreira Souto durante a 3ª Semana de Extensão da Universidade Tiradentes, a poesia tão grande que é o Rio São Francisco foi trazida à tona em duas faces opostas: a da beleza e a do sofrimento.